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Ombro

Observações gerais

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  • O PROTOCOLO BÁSICO deve sempre incluir alguma sequência SEM supressão de gordura em pelo menos um plano.

  • Em aparelhos que têm a técnica Dixon uma aquisição já é suficiente para avaliação óssea, sem e com supressão de gordura. 

  • A espessura máxima dos exames de rotina deve ser de 4 mm com gap de até 10%.

  • É comum a realização de sequências "híbridas" com valores de TE intermediários, entre o DP e o T2 para evitar o fenômeno de "ângulo mágico", em torno de 50 a 60 ms.

Siglas: SG - supressão de gordura; Gd - gadolínio;  Gd+ - uso de gadolínio

RM DO OMBRO

Posicionamento adequado: 

Decúbito dorsal, braço ao lado do corpo entre posição neutra e leve rotação externa.
Evitar rotação externa excessiva e, principalmente, rotação interna.

Protocolo sugerido para os exames de ROTINA

  • Transversal T2 SG

  • Coronal T1

  • Coronal DP ou T2 SG

  • Sagital T2

  • Sagital DP ou T2 SG

Equipamento com técnica Dixon

  • Transversal T2 SG

  • Coronal T1

  • Coronal DP ou T2 Dixon

  • Sagital DP ou T2 Dixon

Plano Transversal

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  • Incluir desde a margem superior da articulação acromioclavicular (seta branca) até o final do recesso axilar (seta amarela figura 1a). 
     

  • Ajustar no plano sagital formando ângulo aproximado de 90° com a diáfise umeral (linha tracejada branca figura 1b).
     

  • A primeira imagem deve incluir a clavícula distal e o acrômio (figura 1c).

Plano Coronal

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  • Usar como referência uma linha paralela (linha tracejada branca) ao tendão supraespinhal (setas amarelas figura 2a) no plano axial. 

  • Devem ser incluídos os tendões infraespinhal (seta branca) e subescapular (seta azul), assim como a maior parte dos seus ventres musculares (figura 2b). O plano do supraespinhal forma ângulo aproximado de 90° com a glenoide (linha tracejada amarela). 

  • No plano sagital (figura 2c) usar como referência o eixo longo do úmero (linha tracejada vermelha), incluindo os tendões infraespinhal posteriormente (seta branca) e subescapular anteriormente (seta azul), assim como a maior parte dos seus ventres musculares.

Plano Sagital

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  • Perpendicular ao tendão supraespinhal (setas amarelas) no plano transversal (linha tracejada branca figura 3a). 

  • Ajustar com o plano da glenoide na imagem transversal (linha tracejada amarela figura 3b). A primeira imagem deve iniciar junto à cortical da cabeça umeral (seta branca) e a última deve ser posterior à incisura espinoglenoide (seta azul). 

  • Ajustar com o plano da glenoide no plano coronal (linha tracejada amarela figura 3c). A primeira imagem deve iniciar junto à cortical da cabeça umeral (seta branca), incluindo as inserções tendíneas, e a última deve ser medial à incisura espinoglenoide (seta azul).

  • Nas imagens sagitais ideais é possível ver as inserções do manguito rotador (figura 3d): subescapular (seta azul), supraespinhal (seta amarela), infraespinhal (seta branca) e redondo menor (seta vermelha).

  • A glenoide normal aparece com a forma de uma pera (asterisco figura 3e).

  • É importante incluir o “Y” da escápula (linhas tracejadas verdes figura 3f) nas últimas imagens.

Marcação de planos adicionais

Plano Coronal oblíquo da articulação acromioclavicular

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  • Usar como referência um plano imaginário (linha tracejada amarela nas figuras 4a e 4b) que passa tubérculo menor do úmero (seta branca) e a ponta do processo coracoide (seta amarela) no plano transversal.

  • Incluir desde a margem anterior do processo coracoide (seta amarela)  até aproximadamente a transição dos terços médio e posterior da cabeça umeral (asterisco vermelho). Figura 4b.

  • A imagem final (figura 4c) mostra que essa sequência é muito útil nos casos de luxação acromioclavicular porque dissocia bem os ligamentos acromioclaviculares (setas vermelhas) e as bandas do ligamento coracoclavicular (setas azuis) 

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  • ABER - sigla do inglês "ABduction and External Rotation", ou seja, as imagens são adquiridas com o braço  posicionado em abdução e rotação externa. 

  • A colocação da mão abaixo da cabeça do paciente pode ajudar a reduzir artefatos de movimento.

  • É uma posição muito usada nos exames de ARTRORRESSONÂNCIA, pois aumenta a conspicuidade para lesões labrais (em especial na lesão de Bankart e suas variantes) e roturas articulares do supraespinhal e infraespinhal. Por isso, é frequentemente vista na ponderação T1 SG devido ao contraste intra-articular. Mas, o posicionamento ABER pode ser usado em alguns casos na RM convencional com ponderações sensíveis a líquido (DP ou T2 SG).

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ABER

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  • O plano ABER é um plano axial modificado da articulação glenoumeral, realizado com o braço em abdução e rotação externa.

  • Entre as sequências localizadoras, a imagem no plano coronal é a que será usada para a marcação. O FOV utilizado (retângulo amarelo na figura 5a) é bem semelhante ao do plano sagital de rotina, podendo ser utilizado como como modelo caso não tenha a sequência específica ainda montada no aparelho. Ou seja, o sagital é o que mais facilmente pode ser transformado no axial ABER.

  • Usar como referência o eixo longo da diáfise umeral no plano coronal (linha amarela na figura 5a).

  • Não devemos angular o FOV nas demais sequências localizadoras, que devem ser utilizadas apenas para ajustar a centralização no centro da cabeça umeral ("X" nas figuras 5b e 5c).

  • FADIR - sigla do inglês "Flexion, ADuction and Internal Rotation", ou seja, as imagens são adquiridas com o braço posicionado flexão, adução e rotação interna e a mão ao lado da cabeça com a face palmar voltada para fora (no detalhe da figura).

  • É uma posição descrita nos exames de ARTRORRESSONÂNCIA para avaliar melhor lesão labral posterior em casos duvidosos. 

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FADIR

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  • O plano FADIR é um plano axial modificado da articulação glenoumeral, realizado com o braço em flexão, adução e rotação interna.

  • Entre as sequências localizadoras, a imagem no plano coronal é a que será usada para a marcação. O FOV utilizado (retângulo amarelo na figura 6a) é bem semelhante ao do plano transversal de rotina.

  • Usar como referência o eixo da diáfise umeral no plano coronal (linha amarela na figura 6a) para posicionar o FOV perpendicular ao úmero, como um plano transversal de rotina.

  • Não devemos angular o FOV nas demais sequências localizadoras, que devem ser utilizadas apenas para ajustar a centralização no centro da articulação glenoumeral  ("X" nas figuras 6b e 6c) e para garantir que toda a glenoide seja inclu[ida, já que o objetivo dessa sequência é a análise do labrum posterior.

ARTRORRESSONÂNCIA DO OMBRO

RM DA CLAVÍCULA

Posicionamento adequado: 

Decúbito dorsal, braço ao lado do corpo em posição neutra.
Bobina phased-array (torso). 

Protocolo sugerido para os exames de ROTINA

  • Transversal T1 SG

  • Transversal DP

  • Coronal T1 SG

  • Coronal DP ou T2 SG

  • Sagital T1

  • Sagital DP SG

Protocolo sugerido para os exames de ROTINA 

  • Transversal DP ou T2 SG ou STIR

  • Transversal T1

  • Coronal DP ou T2 SG ou STIR

  • Coronal T1

  • Sagital T2 DP ou T2 SG ou STIR

  • Sagital T2 do ombro para avaliar ligamentos

Equipamento com técnica Dixon

  • Transversal T2 Dixon

  • Coronal DP ou T2 Dixon

  • Coronal  ou Transveral T1

  • Sagital DP ou T2 Dixon

  • Sagital T2 do ombro para avaliar ligamentos

Plano Transversal da clavícula

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  • O plano transversal (caixas brancas) é marcado paralelo ao eixo longo da clavícula no plano coronal (linha tracejada amarela nas figuras 1a e 1b), incluindo  o ombro (asterisco vermelho) e as articulações acromiocalvicular (seta branca em 1a) e esternoclavicular (seta amarela em 1b). 

  • No plano sagital (caixa amarela figura 1c) é feito pequeno ajuste para que a angulação fique perpendicular ao eixo longo do esterno (linha tracejada branca).

Plano Coronal da clavícula

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  • O plano coronal (caixa vermelha) é marcado paralelo ao eixo longo da clavícula no plano transversal (linha tracejada amarela na figura 2a), incluindo as articulações acromioclavicular (seta branca) e esternoclavicular (seta amarela).

  • No plano sagital (caixa amarela figura 2b) é feito pequeno ajuste para que a angulação fique paralela ao eixo longo do esterno (linha tracejada branca).

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  • O estudo ideal da clavícula deve incluir as articulações acromiocalvicular e esternoclavicular pra podermos avaliar eventual incongruência articular.

  • Os planos devem ser angulados usando como referência o eixo da clavícula

  • Ideal espessura 3 mm e gap em torno de 10% e FOV em torno de 20 a 25 cm

RM DA ESCÁPULA

Posicionamento adequado: 

Decúbito dorsal, braço ao lado do corpo em posição neutra.
Bobina phased-array (torso). 

Plano Sagital da clavícula

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  • O plano sagital (caixas vermelhas) é marcado perpendicularmente (linha tracejada vermelha) ao eixo longo da clavícula (linhas tracejadas amarelas) tanto nos planos transversal (figura 3a) quanto coronal (figura 3b), com a marcação perpendicular à marcação do plano coronal.

  • Deve também incluir as articulações acromioclavicular (seta branca) e esternoclavicular (seta amarela) e o acrômio (seta verde) para garantir a incluisão dos ligamentos coracoclaviculares.

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  • O estudo da esápula deve ser específico, dedicado à escápula e músculos periescapulares, e não uma adaptação da RM do ombro ou do tórax.

  • Na maioria dos casos (escápula alada, discinesia da escápula, dor periescapular, etc.) é útil ter algumas sequências bilaterais para permitir análise comparativa e o plano coronal STIR semelhante ao do plexo braquial para avaliação de possível neuropatia. Mas, se a indicação for muito específica para alteração focal (tumoração ou bursite, por exemplo), pode ser feito apenas o estudo unilateral ou apenas uma sequência comparativa.

  • Se o exame for para avaliação de nodulações pequenas nas partes moles, a espessura deve ser reduzida para 3 mm e deve ser feito protocolo de tumor.

  • Fundamental que o estudo inclua alguns centímetros abaixo da escápula.

Protocolo sugerido para os exames de ROTINA 

  • Coronal STIR bilateral

  • Transversal STIR bilateral

  • Transversal T2 bilateral

  • Transversal DP SG unilateral

  • Transversal T1 unilateral

  • Sagital DP SG unilateral

  • Sagital T1 unilateral

Equipamento com técnica Dixon

  • Coronal STIR bilateral

  • Transversal T2 Dixon bilateral

  • Transversal DP SG unilateral

  • Transversal T1 unilateral

  • Sagital DP SG unilateral

  • Sagital T1 unilateral

Plano Coronal bilateral

Escápula Fig-1-a-bweb.webp
  • A referência para o plano coronal é semelhante à do plexo braquial - a medula espinhal no plano sagital no nível de C5 a D1 e os forames neurais  no plano transversal (linha tracejada branca figura 1a) incluindo a região cervical inferior e os músculos da cintura escapular.

Plano Coronal unilateral

Escapula Fig-2a-b-web.webp
  • No estudo unilateral a referência é o eixo longo do corpo da escápula (linha tracejada branca) no plano transversal (caixa vermelha) e no plano sagital (caixa amarela).

Plano Transversal bilateral

Escapula Fig-3a-b-web.webp
  • O plano transversal bilateral é marcado reto, incluindo  os músculos da cintura escapular bilateralmente e o gradil costal (seta branca), usando como referência os planos coronal (caixa branca) e sagital (caixa amarela).

Plano Transversal unilateral

Escapula Fig-4a-bweb.webp
  • O estudo unilateral também é marcado reto, devendo-se ter o cuidado de incluir alguns centímetros abaixo da ponta da escápula (setas amarelas) e o gradil costal (seta branca).

Considerações gerais

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  • Na avaliação de qualquer LESÃO EXPANSIVA é imprescindível obter sequência pré-contraste na ponderação T1 com supressão de gordura.

  •  Atualmente existem sequências e ferramentas que são fundamentais em diversos tipo de tumores ósseos e de partes moles:

    • Em fase e fora de fase (in phase e out phase)​

    • Dixon

    • Difusão

    • Mapa ADC

    • Permeabilidade (perfusão na ponderação T1)

    • Mapa colorido e curva da permeabilidade

    • Fração de gordura (fat fraction)

  • A importância de cada sequência depende do tipo de tumor e também do motivo do exame, que pode ser para tentar fazer o diagnóstico, definir o próximo passo da conduta, determinar a extensão e /ou progressão de doença já conhecida, para controle pós-operatório ou para avaliar a resposta ao tratamento quimio ou radioterápico, por exemplo.

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TUMOR

Plano Sagital

Sagital Fig-5a-b-web.webp
  • O plano sagital é perpendicular ao eixo longo da escápula (linha tracejada branca), devendo-se ter o cuidado de incluir alguns centímetros abaixo da ponta da escápula (seta amarela) e o gradil costal (seta branca).

Considerações gerais

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  • Na avaliação de qualquer LESÃO EXPANSIVA é imprescindível obter sequência pré-contraste na ponderação T1 com supressão de gordura.

  • Caso não faça parte do protocolo da rotina sempre acrescentar uma sequência na ponderação T1 SEM supressão de gordura nos casos de tumores ósseos e de partes moles.

  • Caso não faça parte do protocolo da rotina, é interessante acrescentar uma sequência na ponderação T2 SEM supressão de gordura nos casos de tumores ósseos e, principalmente, de partes moles.

  • No caso de suspeita de sinovite vilonodular pigmentada pode ser útil a sequência GRE T2.

  •  Atualmente existem sequências e ferramentas que são fundamentais em diversos tipo de tumores ósseos e de partes moles:

    • Em fase e fora de fase (in phase e out phase)​

    • Dixon

    • Difusão

    • Mapa ADC

    • Permeabilidade (perfusão na ponderação T1)

    • Mapa colorido e curva da permeabilidade

    • Fração de gordura (fat fraction)

  • A importância de cada sequência depende do tipo de tumor e também do motivo do exame, que pode ser para tentar fazer o diagnóstico, definir o próximo passo da conduta, determinar a extensão e /ou progressão de doença já conhecida, para controle pós-operatório ou para avaliar a resposta ao tratamento quimio ou radioterápico, por exemplo.

Protocolo sugerido para os exames para avaliação geral dos tumores do ombro, clavícula e escápula

  • Protocolo da rotina

Acrescentar:

  • Transversal T2 

  • T1 em fase e fora de fase no melhor plano do tumor

  • Transversal difusão b50 e b800

  • Mapa ADC (dADC)

  • Transversal T1 SG pré-contraste

  • Permeabilidade T1 no plano transversal

  • Mapa colorido e curva da permeabilidade

  • Transversal T1 SG Gd+ e fazer subtração da sequência pré-contraste

  • Coronal e/ou sagital T1 SG Gd+

Equipamento com técnica Dixon

  • Protocolo da rotina com T1 e T2 Dixon

Acrescentar:

  • Transversal difusão b50 e b800

  • Mapa ADC (dADC)

  • Permeabilidade T1 no plano transversal

  • Mapa colorido e curva da permeabilidade

  • No pós-contraste repetir as sequências Dixon

  • T1 SG Gd+ nos planos em que não foi feito Dixon na rotina

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