Outros
CONVERSÃO MEDULAR
Padrão 1 - predomínio de medula óssea vermelha no corpo vertebral, identificando-se conversão para medula amarela apenas ao redor do plexo venoso vertebral central.
Padrão 2 - predomínio de medula óssea vermelha no corpo vertebral, identificando-se conversão para medula amarela nas placas terminais refletindo os efeitos do estresse mecânico.
Padrão 3 - focos de medula óssea amarela distribuídos difusamente no corpo vertebral de permeio à medula óssea vermelha.
3a - focos de poucos milímetros
3b - áreas geográficas de 0,5 a 1,5 cm
Padrões de conversão medular nos corpos vertebrais
Padrão de conversão medular na bacia
Padrão de conversão medular no fêmur
Neonato até 1 ano de vida - predomínio exclusivo de medula óssea vermelha e áreas de cartilagem (em azul).
Criança - predomínio de medula óssea vermelha, identificando-se áreas de cartilagem (em azul) e conversão para medula amarela n na porção central da diáfise onde progride de forma centrífuga e nas epífises/apófises.
Adolescente - progressão da conversão da medula óssea amarela, que começa na diáfise, fica mais evidente na epífise/apófise e depois progride para a metáfise distal, seguida pela metáfise proximal.
Adulto - progressão da conversão da medula óssea amarela,permanecendo áreas residuais de medula óssea vermelha na metáfise proximal.
Idoso - predomínio praticamente exclusivo de medula óssea amarela.
FORÇAS MECÂNICAS SOBRE OS OSSOS
GLOSSÁRIO TERMINOLOGIA DAS FRATURAS
Fratura articular: acomete a superfície articular.
Fratura articular completa: superfície articular é completamente separada do restante do osso.
Fratura articular parcial: o remanescente da fratura se mantém conectado com a metáfise ou diáfise do osso acometido.
Fratura por avulsão: destacamento ósseo no sítio de inserção ligamentar, tendínea ou capsular; sempre são consideradas fraturas extra-articulares simples.
Fratura cominutiva: linhas de fratura produzem mais de 2 fragmentos/componentes ósseos. É um termo mais genérico, englobando vários subtipos de fraturas.
Fratura complexa: um ou mais fragmento(s) intermediário(s) não mantém contato com o fragmento principal após a redução.
Fratura por cisalhamento: traço de fratura longitudinal separando um fragmento articular do restante do osso (força tangencial).
Fratura em cunha ("wedge" ou “asa de borboleta”): o centro da fratura está na porção mais larga da cunha e o contato entre os principais fragmentos após a redução restaura o comprimento normal do osso.
Fratura por depressão articular: tipo de fratura articular onde há depressão (afundamento) da superfície articular, podendo ser central ou periférica.
Fratura em espiral: decorrente de força rotacional, o que acarreta a orientação anteroposterior no sentido longitudinal.
Fratura extra-articular: poupa a superfície articular, embora possa ser intracapsular, epifisária ou metafisária.
Fratura em galho verde: fratura incompleta típica dos ossos longos da criança, que por ter maior flexibilidade se assemelha a quebrar um galho verde, em que há descontinuidade apenas de parte da cortical (porção convexa) podendo cursar com deformidade na porção aposta (côncava).
Fratura impactada: as superfícies apostas da fratura se comportam como uma unidade.
Fratura incompleta: grupo heterogêneo de fraturas que ocorre predominantemente nos ossos longos em crianças onde parte do osso permanece intacta.
Fratura multifragmentar: existem 3 ou mais fragmentos e após a redução da fratura não há contato entre as margens dos fragmentos se a área da fratura fosse removida. Estão incluídas nessa categoria as fraturas complexas e em cunha fragmentada.
Fratura oblíqua: forma um ângulo ≥ 30° com o eixo longo da diáfise do osso.
Fratura patológica: ocorre em um osso anormal, podendo ser de natureza benigna ou maligna.
Fratura segmentar: duas linhas de fratura isolando um segmento de osso (geralmente na diáfise de um osso longo).
Fratura simples: apenas uma linha de fratura produzindo 2 fragmentos ósseos. Pode ser transversa, oblíqua ou espiral.
Fratura “torus” (subperiosteal): fratura incompleta por compressão onde há abaulamento de parte da cortical; frequente na região metafisária do rádio distal em crianças.
Fratura transversa: perpendicular / forma um ângulo <30° com o eixo longo da diáfise do osso. Usada predominantemente nas fraturas dos ossos longos.
FRATURAS POR ESTRESSE
Localização da fratura x atividade física
O método mais utilizado é o radiográfico descrito por Juan Farill: paciente deitado em posição supina com um pé junto ao outro e seus maiores eixos formando um ângulo de aproximadamente 90° com a mesa, o feixe central do colimador alinhado de maneira a passar entre os tornozelos e na sínfise púbica do indivíduo. Divide-se o filme em 3 segmentos (quadreis, joelhos e tornozelos), que são radiografados separadamente, sendo que entre as radiografias apenas a gaveta pode ser movida.
Originalmente foi descrita uma segunda etapa, onde os pés são radiografados para mensuração de sua altura (radiografia em anteroposterior dos tornozelos com os pés rodados 30°internamente e apoiados sobre uma plataforma, posição que determina uma dissociação dos maléolos, permitindo total visualização dos tálus). É então medida a distância entre a plataforma e o ponto mais baixo do tálus na superfície articular tibiotársica de ambos os pés. Geralmente esta etapa é omitida, ou por desconhecimento, ou porque na maioria das vezes inexistem diferenças significativas entre as alturas dos pés, sendo reservada para situações específicas.
Contra-indicações do método:
Impossibilidade de manter amplo contato de todas as partes dos membros inferiores com a mesa por:
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Uso de fixadores externos
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Deformidades dos fêmures e/ou das tíbias no plano sagital
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Contraturas com flexão do quadril ou do joelho.
ESCANOMETRIA DOS MEMBROS INFERIORES
Causas de assimetria dos membros inferiores:
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Ossos com tamanhos diferentes em relação aos contralaterais
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Desvio em varo ou em valgo assimétrico
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Fêmures e tíbias isométricas e pés com alturas discrepantes
A superposição dessas alterações é comum, tornando indispensável a avaliação de todas as medidas em conjunto:
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Quando a diferença entre os membros inferiores é a mesma, tanto com as medidas diretas quanto indiretas, o encurtamento é real, ou seja, os fêmures e/ou tíbias têm tamanhos diferentes.
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Quando as medidas indiretas indicam isometria e as medidas diretas apontam diferença o encurtamento se deve, provavelmente, a uma deformidade em varo ou em valgo assimétrica.
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Quando as medidas indiretas e diretas apontam diferença entre os membros inferiores existe encurtamento real associado a deformidade em varo ou valgo.
Pontos de referência para as medidas do comprimento dos membros inferiores (figura 1):
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O ponto mais alto da cabeça femoral (círculo vermelho)
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A projeção do centro da incisura intercondiliana da tíbia (círculo azul)
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Linha que tangencia os côndilos femorais (linha tracejada amarela)
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Ponto mais baixo da superfície articular da tíbia (círculo amarelo)
Utilizando esses pontos de referência são feitas as seguintes medidas:
1- Medidas diretas (mede o encurtamento funcional):
Distância do ponto mais alto da cabeça femoral (círculo vermelho) até o ponto mais baixo da superfície articular da tíbia (círculo amarelo) de ambos os membros inferiores (linhas d - d’ na figura 2).
É esta diferença que deve constar no laudo e, caso solicitada, somada à altura dos pés.
2- Medidas indiretas (avalia em separado o encurtamento do fêmur e da tíbia). Importante ser avaliada em conjunto com a medida direta (funcional) para a análise do tipo de deformidade:
Primeira medida entre o ponto mais alto da cabeça femoral (círculo vermelho) e a linha que tangencia os côndilos femorais (linha tracejada amarela) passando pela projeção do centro da incisura intercondiliana da tíbia (círculo azul).
A diferença entre as medidas de cada membro (linhas f – f’ na figura 3) representa o encurtamento femoral.
A segunda medida é a distância do mesmo ponto da linha entre os côndilos femorais (círculo azul) até o ponto mais baixo da superfície articular distal da tíbia (círculo amarelo).
A diferença entre as medidas de cada membro (linhas t – t’ na figura 3) representa o encurtamento tibial.
A mensuração pelo método de Farill foi também adaptado para radiografias panorâmicas dos membros inferiores - é muito precisa e oferece a vantagem de poder ser feita em ortostase, avaliando melhor os desvios em varo e valgo, mas tem a desvantagem de ser pouco disponível.
O uso do topograma da tomografia computadorizada é referido por alguns autores como o método que utiliza a menor dose de radiação e o mais preciso no diagnóstico das assimetrias de membros inferiores, podendo ser utilizado nos casos de deformidades e uso de fixadores externos e sendo o método de escolha para pacientes jovens que necessitam de exames seriados durante controle de tratamento.
Referências bibliográficas:
Escanometria dos membros inferiores: revisitando Dr. Juan Farill. Werlang HZ, Oliveira GA, Tamelini AM, Madalosso BH, Maciel Júnior FS. Radiol Bras 2007;40(2):137–141. http://www.scielo.br/pdf/rb/v40n2/14.pdf
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Quando há displasias dos joelhos impedindo que as linhas entre os côndilos femorais sejam traçadas, Farill recomenda que apenas as medidas diretas sejam utilizadas na análise.
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Nos casos de displasias do quadril ou do tornozelo existe a alternativa do método empregado por Terry et al., em que a medida é feita diretamente da espinha ilíaca anterossuperior até o ponto mais externo do maléolo lateral.
GLOSSÁRIO TERMINOLOGIA ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO, CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR
Agenesia: ausência total do órgão ou de parte dele.
Disgenesia: distúrbio no inicio ou durante a fase de formação de um tecido ou órgão.
Aplasia: houve início do desenvolvimento, mas não houve a formação do órgão, apenas tecido rudimentar.
Hipoplasia: deficiência na formação; formação incompleta do órgão, que é menor e com função reduzida.
Atrofia / hipotrofia: há controvérsia na literatura, com alguns autores considerando os termos sinônimos e definidos como redução do volume e função celular (involução) de órgão ou tecido previamente desenvolvido normal e plenamente. Pode ser fisiológica (como, por exemplo, a involução do timo e vasos umbilicais) ou patológica, secundária a desnutrição, denervação, compressão, distúrbios vasculares, inatividade ou desuso, radiação ou substâncias tóxicas.
Outros autores já fazem distinção, com o termo atrofia significando perda de volume por causas diversas e hipotrofia a perda de volume relacionada a insuficiência nutricional. Alguns também consideram hipotrofia como um subtipo de atrofia, denominada “atrofia simples”, em que há redução do conteúdo celular, enquanto que atrofia englobaria também a redução volumétrica causada por redução do número de células e degradação celular.
Por esses motivos, o termo ATROFIA é o mais utilizado na literatura e preferível a HIPOTROFIA na descrição da redução volumétrica dos músculos nos exames de imagem.
Sarcopenia: síndrome geriátrica onde há para a perda da massa e da função muscular (alongamento e performance) decorrente da idade.
Dinapenia: termo específico para a perda de força muscular decorrente do envelhecimento.
Caquexia: perda de massa muscular secundária a alguma doença (neoplasia, anorexia, insuficiência renal crônica terminal, etc.).
Hipertrofia: aumento de volume de um órgão por aumento da demanda funcional (adaptação) ou por aumento dos estímulos tróficos (ex.: hormonais) em que há aumento de volume das suas células.
Hiperplasia: aumento de volume e peso de um órgão por aumento do número das células como consequência do aumento de mitoses.
Metaplasia: transformação de um tecido já diferenciado em outro diferente (mais resistente ao ambiente adverso), mas de mesma origem embrionária. é uma substituição adaptativa reversível que só ocorre em tecidos renováveis (epitelial e conjuntivo).
Displasia: distúrbio na formação.
Congênita – alteração na organização do tecido durante o desenvolvimento em que há perda da orientação, forma e tamanho das células.
Adquirida – resposta a um estímulo crônico que leva a alteração na organização do tecido e atipia celular que pode evoluir para carcinoma in situ.
Distrofia: etimologicamente significa distúrbio na nutrição, mas que costuma ser empregado para designar processos regressivos em geral.