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Ombro

PROJEÇÕES TENDÍNEAS NO RX DO OMBRO

Como a escápula forma um ângulo de aproximadamente 45° com o plano frontal do tórax as radiografias na incidência anteroposterior do tórax vão fornecer uma imagem oblíqua da articulação glenoumeral.

Além de conhecer os principais reparos anatômicos ósseos, é importante saber onde fica a projeção de diversos tendões:

  • Cabeça umeral, tubérculo maior (seta amarela), onde se insere o supraespinhal, infraespinhal e redondo menor e tubérculo menor do úmero (seta verde, onde se insere o subescapular).

  • Goteira bicipital (seta rosa), entre os tubérculos maior e menor.

  • Glenoide, onde se localiza a origem da  cabeça longa do bíceps (CLB) na margem superior (âncora bicipital) e do tríceps na margem inferior.

  • Fenda articular glenoumeral (AGU).

  • Clavícula, onde se insere a porção clavicular do trapézio, acrômio, onde se insere parte das fibras do deltoide e articulação acromioclavicular (AAC).

  • Processo coracoide (PC), onde se origina a cabeça curta do bíceps (CCB).

Braço ao longo do corpo com palma da mão junto ao quadril, epicôndilos do úmero distal (cotovelo) formando 45° com o plano do filme.

O tubérculo maior (seta amarela) fica parcialmente sobreposto na cabeça umeral. Há também sobreposição da cabeça umeral com a glenoide, não sendo uma incidência apropriada para avaliação do espaço e relação articular.

Demonstra melhor a projeção das fibras de transição do supra com o infraespinhal (asterisco branco) e é possível também identificar o processo coracoide (PC) onde se origina a cabeça curta do bíceps (CCB).

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AP em posição neutra

Também conhecida como transescapular, tangencial lateral ou “Y” da escápula (linha tracejada amarela), formado pelo corpo (a porção vertical do “Y”), o colo da escápula que vai formar o processo coracoide anteriormente e a espinha da escápula que vai formar o acrômio posteriormente.

 

É obtida alinhando a direção do raio paralela ao plano da espinha da escápula, que passa tangenciando a parede posterolateral do tórax.

 

A imagem final fornece o perfil verdadeiro da escápula e uma visão lateral da articulação glenoumeral. A cabeça umeral (linha tracejada branca) deve estar centralizada com o centro do “Y”, sendo uma incidência útil para detectar luxação. A margem lateral do acrômio onde se insere o deltoide também é bem individualizada.

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Perfil "Y" da escápula

Braço em rotação externa com os epicôndilos do úmero distal (cotovelo) paralelos ao filme.

O tubérculo maior (seta amarela) e a cabeça umeral ficam em perfil.

 

Demonstra melhor a projeção do supraespinhal (asterisco vermelho) e é possível identificar o tubérculo menor (seta verde), a goteira bicipital (seta rosa), a margem superior da glenoide onde fica a origem da cabeça longa do bíceps (CLB) e a margem inferior da glenoide onde se origina o tríceps.

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AP rotação externa

Braço ao longo do corpo com o dorso da mão junto ao quadril e epicôndilos do úmero distal (cotovelo) perpendiculares ao plano do filme.

O tubérculo menor (seta verde) fica em perfil e o úmero proximal em perfil verdadeiro.

Demonstra melhor a projeção da inserção do tendão subescapular (asterisco verde) e do manguito rotador posterior (infraespinhal mais superior e redondo menor mais inferior – asteriscos azul e laranja, respectivamente), assim como a margem lateral do acrômio onde se insere parte do deltoide.

AP-ROTAÇÃO-INTERNA-web.png

AP rotação interna

Obtida com angulação do raio a 45° de medial para lateral, com o braço ao longo do corpo. Outra opção alternativa seria rodar o paciente até que a escápula fique encostada no filme e o raio incida perperdicularmente à escápula.

 

A incidência em AP verdadeiro permite a avaliação do espaço articular glenoumeral (AGU), que fica sobreposto à glenoide no AP em posição neutra devido à angulação normal da escápula. É também uma boa incidência para avaliar os tubérculos maior (seta amarela) e menor (seta verde).

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AP verdadeiro

Originalmente descrita com braço em 70 a 90° de abdução, com raio direcionado para a axila de inferior para superior. Há alternativas que permitem abdução do braço de apenas 20 a 30°, com o raio incidindo de superior para inferior através da axila.

 

A cabeça umeral fica entre o processo coracoide (PC) e o acrômio.

 

Além de ser uma incidência muito útil para detectar luxação por permitir excelente visualização da glenoide e da cabeça umeral e do espaço articular, o tubérculo menor (seta verde) fica em situação mais anterior, permitindo a avaliação da projeção da inserção do tendão subescapular (asterisco verde).

 

O paciente pode realizar essa incidência com aparelho de imobilização.

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Axilar

INTERVALO ROTADOR

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Imagens de artroressonãncia no plano sagital mostrando o conteúdo e os limites do intervalo rotador: tendão da cabeça longa do bíceps (seta lilás),  ligamento glenumeral superior (seta verde),  ligamento coracoumeral (seta amarela), PC - processo coracoide, SE - supraespinal, Sub - subescapular. TSub - tendão subescapular.

Demais estruturas: C - clavícula, A - acrômio, G - glenoide, U - úmero, IE - infraespinal, RMe - redondo menor.

Ponta de seta - ligamento coracoclavicular.

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TCLB - tendão da cabeça longa do bíceps, LGUS - ligamento glenumeral superior, LCU - ligamento coracoumeral, PC - processo coracoide, SE - supraespinal, Sub - subescapular.

Espaço anatômico triangular formado pela pela insinuação do processo coracoide entre os músculos supraespinhal e subescapular.

Limites:

  • Medial (base do triângulo) - processo coracoide

  • Superior - margem anterior do supraespinal

  • Inferior - Margem superior do subescapular

Conteúdo:

  • Tendão da cabeça longa do bíceps

  • Ligamento coracoumeral

  • Ligamento glenoumeral superior

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ESPAÇOS INTERMUSCULARES DA REGIÃO AXILAR

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O raio angulado 45° caudalmente e direcionado através da articulação glenoumeral com angulação de 45° com o plano do tórax.

 

O paciente pode realizar essa incidência com aparelho de imobilização.

 

A imagem resultante define bem as margens posterolateral e anterior da cabeça umeral e anteroinferior e posterossuperior da glenoide, sendo útil na detecção de fraturas (lesões de Hill-Sachs e Bankart) e deslocamento.

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Apical oblíqua

Anatomia

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